segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Nostalgia


Querida Catherine.
           
            Mais um ano se faz presente sem que eu tenha nenhuma noticia sua. Na verdade, acho que esta carta é mais uma das que escrevo apenas para consolar minha solidão, incompreendida por Viktor, porém minhas esperanças de que leia alguma delas e me retorne com alguma resposta são vãs. Das noticias suas, as que tenho vem através de jornais e línguas compridas, coisas pequenas como a morte de seu pai e como a pobre Slytherin sentia-se no enterro. Não pude estar presente para consola-la assim como esteve por perto quando chorei, chorando minhas magoas para os travesseiros, sentindo falta de pessoas que não mais poderiam estar comigo... nem a magia mais poderosa as traria para perto. Sinto muito. Sinto ainda mais por não estarmos perto uma da outra.
         Em alguns anos atrás, esta seria uma data especial. Éramos três, comemorando os setes e oitos de agosto, a principio inocentemente, logo mais com bebidas e cigarros. O passar dos anos foram rápidos demais, mas me lembro de cada detalhe. De como implicava com cada detalhe sem importância, como uma menina mimada que sempre fora, até os últimos anos da escola. As coisas complicaram, escolhemos caminhos errados, mas cá estamos nós. Seria injusto dizer que esta foi nossa sorte, por vezes me pego pensando que deveria estar enterrada a alguns palmos da terra, junto de todos que se foram e deixou em mim, um buraco que nunca cicatriza. Creio que não apenas em mim.
            Desejo-lhe hoje toda a felicidade, a recuperação daquela que nos foi roubada. Por trás do nome portador de todo o peso de sua vida, sei que tens ainda todos os anseios de quando éramos crianças, de nossas atitudes inconseqüentes, porém se pararmos para pensar, inocentes. Sorria neste dia, por mais que sombras do passado a ameacem fazer mal. Sei que és forte, minha Catherine... Toda esta força tens como um dom, cuide então de sua família, do pequeno Scorpions e de Draco, este maldito cabeça dura que hoje tens como marido.
            E como presente de aniversário, um presente tão simples como este, lhe dou um segundo filho. Dê boas vindas a Jean Pierre. Descumpri minha palavra tendo um filho hoje, mas ele me dá forças para não pensar. E dou-lhe para batiza-lo, se assim quiser. Faço por que a amo.
            Tenha um bom aniversário.
            Com amor, de sua sempre melhor amiga...
Elizabeth C. Ravenclaw



(escrevo na esperança de agradar uma grande amiga com o mais simples presente. A amo, Daiana Paiva! Feliz aniversário, amiga... Faça um pedido e ganhe o mundo. Por A. Sade)

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