terça-feira, 30 de agosto de 2011

Dorian Müller

        As pernas dela estavam presas um pouco abaixo de seus quadris. Quanto mais fortes eram as estocadas mais ela esfregava o corpo ao dele, os seios grandes apertados em seu peito. As unhas dela arranhavam-lhe as costas, deixando marcas vermelhas que com o tempo desapareceriam, diferentes da que ele lhe havia deixado na virilha. Os gemidos ecoavam pela rua mal iluminada, os olhos apertados. Ela implorava por seu corpo, por mais. Puxava-o para perto, mordia os lábios e gritava, o sexo apertando seu órgão que continuava com seus movimentos contínuos de ir e vir, fortes e rápidos. Não lhe escorria uma gota de suor da testa. Ele inclinara um pouco o pescoço, observando as expressões de sua amante, sério, sem um sorriso se quer. Um das mãos estavam encostadas no muro frio, os olhos dele mesclavam em seu tom claro com a cor original, dada por anjos do inferno. –  Mais!  – e se ali houvesse casas, de certo seus moradores ouviriam os gritos. Baixou os olhos brevemente, observando os movimentos feitos por ambos os corpos, enquanto ele chegava ao ponto que queria realmente. Para Dorian, estava longe de um orgasmo, porém o sêmen agora estava dentro da moça. Logo geraria uma nova vida, vida a qual a alma pertenceria inteiramente a ele, um sangue tão puro quanto o seu. E ai então, sorriu.

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